quarta-feira, 18 de junho de 2008

Zero, setenta e cinco

Era uma vez alguém que um dia pensou, Estou farto de não pertencer a sítio algum. Foi também dessa mesma vez que te disse que tinha gostado imenso de ti. Disse-o com uma extensão gástrica, metabolicamente exaustiva e pura. Lembro-me de que me falaste de tudo. Falaste até das asas dos galos.
O alguém pensa que Parece que sou mudo, tenho o estômago forrado de salivas que lubrificaram o que te disse em tempos. Mas um dia destes chego a ti, outra vez, rimo-nos sempre.É dezembro há muito tempo e agora o sol queima demasiado o chão lá fora. Vivemos todos em Dezembro mais do que nos é estritamente aprazível. Condescendentes. Para o ano, por esta altura, estarei enforcado de gravatas num escritório menos mau que o anterior, a pensar no mesmo. Daqui a um ano não sei de ti.

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