quinta-feira, 19 de junho de 2008

excerto



Troquei umas palavras contigo e sorriste, contorcendo as pernas como um desenho animado da Warner com 40 anos num domingo de manhã quando a ressaca me forçava a ver televisao e bebericar expressos da nossa máquina de marca alemã. Disseste que me querias conhecer melhor, tinhas a sensação de que nos daríamos bem. Foi a ultima vez que concordei contigo.

Do despedimento do elogio

e reages assim ao elogio que te faço, as vibrações da longevidade das tuas pestanas, no encerro do despedimento que me proferes. longas e castrantes da magnitude por onde se estenderiam os teus olhos, rasgando a nobreza do teu rosto pálido. e os remates das maçãs do rosto, firmes e mães desse sorriso sincero tão verdadeiro e eterno enquanto durou. o costura rosada e marcada pelo sinalinho que te define a simetria do lábio superior afasta-se do beiço que se esconde em promessas de lascívia e aqueles (e tantos, lembras-te?) desarmes da minha líbido. porque te sai luz da boca, porque me encandeia os olhos e me fermenta a saliva por dentro e as seivas que não ficarão em mim, escorrerão pela tua timidez e polirão as nossas texturas nos pequenos combates. reages assim, com essa manifestação despreocupada, ameaçadoramente insconstante de acessos de escárnio ou vergonha? porque não sei e tens olhos de vidro, olhos de céu como te disse, serias o mar em q me afogava e foste mãe duas vezes da continuação dos meus sonhos. meninas gotas de chuva q se diluiram nas tuas e minhas lágrimas. desculpa. desculpa.