Às vezes não somos de vidro querida, não transparecemos a fragilidade dos serviços estáticos numa mesa posta de linho branco. A ordem das coisas pela mão rude de quem não a deseja impor. Somos de outra coisa que não é vidro e somos urnas onde o ar descansa de quando em vez num percurso cíclico de Hades imaterial. O reflexo acode ao vidro, dá-lhe consistência, benesse indulgente.
1 comentário:
Por vezes só somos de vidro quando estamos sós.
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