quarta-feira, 18 de junho de 2008

Papéis soltos

Às vezes não somos de vidro querida, não transparecemos a fragilidade dos serviços estáticos numa mesa posta de linho branco. A ordem das coisas pela mão rude de quem não a deseja impor. Somos de outra coisa que não é vidro e somos urnas onde o ar descansa de quando em vez num percurso cíclico de Hades imaterial. O reflexo acode ao vidro, dá-lhe consistência, benesse indulgente.

1 comentário:

Lucia disse...

Por vezes só somos de vidro quando estamos sós.