Há dois copos numa mesa, de pé, lado a lado - um lugar comum de calor. As duas bebidas ou nectares evaporam-se e ambos vapores abandonam os copos em percursos de hedonismo sinuoso em passadas de tempo.
Agora tocam-se com espasmódicos movimentos num tango de soslaio. Semelhante aos olhos daquele cabrão francês. Agora os dois violinos retomam e no refrão decadente as duas bebidas dissipam-se no ar e misturam-se com a rugosidade da tua pele.
E nós, e também eles os dois, ignoramos tudo isto, somos pares e digestões de dualidades breves e o que permanece numa página é a solidez resquícia da tinta odiosa.Adeus
1 comentário:
a dualidade breve do alcool, tenho de aprender a dizer-lhe adeus.
Enviar um comentário